“Estes ataques contínuos às estruturas da saúde em todo o Sudão são deploráveis”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa mensagem na rede social X.

O diretor-geral da OMS apelou à “proteção de todos os pacientes e profissionais de saúde e à cessação de todos os ataques às instalações da saúde e às suas imediações”.

O Sudão é palco desde 15 de abril de 2023 de um devastador confito que opõe dois generais, o chefe do exército Abdel Fattah al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, que lidera as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

As Nações Unidas têm alertado, repetidamente, para uma situação que já causou a morte de dezenas de milhares de civis, a deslocação de mais de 11 milhões de pessoas e mergulhou este país africano na pior crise humanitária dos últimos anos.

El-Fasher, a capital do Darfur do Norte, está sitiada desde maio pelas RSF.

O Darfur, que tem uma superfície semelhante à da França (493.180 quilómetros quadrados), alberga cerca de um quarto da população do Sudão, mas mais de metade dos seus 10 milhões de habitantes estão deslocados.

Em julho, um relatório patrocinado pelas Nações Unidas afirmava que a fome se tinha alastrado a um grande campo de refugiados no Darfur do Norte, depois de um cerco de meses imposto pelas RSF ter bloqueado quase todo o comércio e o acesso à ajuda.

A guerra parece não ter fim à vista, tendo ambos os lados intensificado os ataques a zonas residenciais nas últimas semanas.