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Covid-19: Marrocos anuncia fundo de mil milhões de euros para economia

LUSA
15-03-2020 22:55h

Marrocos criou um fundo de 10 mil milhões de dirahms (cerca de mil milhões de euros) para paliar os efeitos da crise na economia, causada pela pandemia Covid-19, anunciou hoje o Rei Mohamed VI.

O monarca, segundo um comunicado, deu instruções ao Governo para destinar verbas deste fundo, em primeiro lugar, para serviços de saúde, num momento em que Marrocos tem 28 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus.

O fundo servirá, além disso, para apoiar "setores vulneráveis", em especial o turismo, um das principais fontes de divisas e de criação de emprego em Marrocos.

A Europa, novo epicentro da pandemia Covid-19, é o principal mercado de origem dos turistas que visitam Marrocos, país que fechou hoje o seu espaço aéreo e o cancelou eventos desportivos e culturais, entre outros.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes e que regista 1.809 vítimas fatais.

O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é de quase 25 mil, praticamente metade dos cerca de 52 mil casos confirmados na Europa, que regista mais de 2.291 mortos.

Além de China e Itália, os países mais afetados são Irão, com 724 mortos (113 novos), Espanha, com 288 (152 novos), e França, com 91 (11 novos).

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

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