A greve marcada para hoje no Simão Mendes, principal hospital da Guiné-Bissau, foi suspensa a pedido do Governo, que se declarou disposto a conversar com o sindicato que anunciou a paralisação, disse o sindicalista Braimi Sambu.
O presidente do sindicato de base dos trabalhadores do Simão Mendes afirmou que o ministro da Saúde, Pedro Tipote, visitou o hospital na terça-feira à noite e pediu para que a greve fosse suspensa.
“O ministro esteve ontem [na terça-feira] no hospital e falámos sobre o início da greve hoje. Pediu-nos que negociemos. Concordámos e suspendemos a greve”, afirmou o sindicalista.
Ibraimi Sambu disse que, ainda na terça-feira à noite, todos os serviços que poderiam estar afetados hoje foram avisados que a greve não ia começar, pelo que os trabalhadores compareceram nos respetivos postos de trabalho.
“Temos um encontro com o ministro da Saúde hoje. Se houver consenso vamos levantar a greve, caso contrário vamos para a frente”, declarou Sambu.
A paralisação que iria começar hoje poderia afetar serviços do hospital Simão Mendes como as ambulâncias de transporte de doentes, técnicos de esterilização de equipamentos médicos e ainda a manutenção de grupos electrogéneos de fornecimento de energia eléctrica.
Aqueles técnicos iriam estar de greve hoje, na quinta-feira seria a vez de outros profissionais de saúde e na sexta-feira outros.
As paralisações dos profissionais do Simão Mendes são para reivindicar a melhoria de condições de trabalho no hospital, a compra de equipamentos médicos e sanitários e ainda o pagamento de 12 meses de salários a vários técnicos, nomeadamente aos contratados.
O presidente do sindicato de base dos trabalhadores do hospital Simão Mendes afirmou que o ministro da Saúde quis saber se entregaram no Ministério o caderno daquelas reivindicações.
“Fizemos ver ao ministro que toda a documentação está no seu gabinete”, sublinhou Ibraimi Sambu.