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Médio Oriente: OMS denuncia escassez maciça de alimentos e ajuda humanitária em Gaza

Lusa
28-11-2024 18:42h

A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou hoje que Gaza está a sofrer uma “escassez maciça” de alimentos e que continua bloqueado o fornecimento de ajuda humanitária, principalmente de combustível, essencial para a realização de operações de socorro.

“Há novamente uma escassez maciça de alimentos em Gaza, incluindo no sul, onde o preço de qualquer alimento que se possa encontrar disparou”, disse o representante da OMS para os territórios palestinianos ocupados, Rik Pepperkorn, numa conferência de imprensa por videoconferência.

Pepperkorn sublinhou que a prioridade absoluta neste momento é restabelecer o abastecimento de combustível “porque, de outra forma, não é possível levar a cabo qualquer operação humanitária”.

O responsável relatou que, este mês, a OMS planeou 222 missões humanitárias, das quais Israel apenas permitiu nove, e que em cinco delas foram impedidos de entregar combustível.

Indicou ainda que está a ser preparada uma outra missão para este sábado e que é essencial que esta se possa realizar.

O representante da OMS afirmou ainda que, após 14 meses de guerra, a criminalidade e os saques tornaram-se um problema grave.

A organização e outras agências humanitárias estão agora a concentrar esforços na preparação para o inverno, que vai encontrar 90% dos deslocados de Gaza - quase todos os 2,1 milhões de habitantes no enclave palestiniano - a viver em tendas, sem as necessidades básicas para se protegerem do frio.

No inverno passado, nos primeiros meses da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, a maioria dos deslocados encontrava-se em edifícios públicos ou em casas de familiares, mas desde então, os bombardeamentos e as constantes ordens de evacuação colocaram toda a população na mesma situação de deslocação e de dependência total da ajuda humanitária.

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