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Portugal sem risco de ter leite infetado pelo vírus da gripe das aves – DGAV

Lusa
28-11-2024 15:22h

Portugal não corre o risco de ter leite infetado pela gripe das aves, uma vez não se registam vacas leiteiras infetadas e que este produto só é comercializado após ser submetido a pasteurização, esclareceu a DGAV à Lusa.

O vírus nunca foi detetado em alimentos em Portugal.

Na Califórnia, EUA, a gripe das aves foi detetada numa amostra de leite cru da marca Raw Farm, que não está à venda em Portugal, e as autoridades já pediram aos consumidores que devolvam os produtos adquiridos.

Questionada pela Lusa, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) precisou que “a infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade do subtipo H5N1 em bovinos leiteiros nunca foi detetada fora dos Estados Unidos da América”.

A estirpe em causa é a B3.13, que resultou da “recombinação de vírus da estirpe H5N1 euro-asiática com vírus de estirpes americanas que circulavam em aves selvagens”.

De acordo com a DGAV, tendo em conta que, em Portugal e na restante Europa, não se registaram vacas leiteiras infetadas, “não há risco de deteção deste vírus no leite”.

Por outro lado, em Portugal só é comercializado leite pasteurizado, não havendo o risco de conter o vírus da gripe aviária.

A pasteurização consiste em submeter determinados alimentos, nomeadamente o leite, a uma temperatura elevada, de modo a eliminar micro-organismos patogénicos. O tratamento térmico do leite inativa o vírus.

A DGAV insistiu ainda que, em Portugal, não estão a ser feitas análises ao leite porque “não existe justificação para tal”.

Na corrente época epidemiológica, que decorre até 30 de setembro de 2025, foram confirmados em Portugal dois casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, e numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro.

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