A equipa peruana está a ser formada para realizar as primeiras intervenções deste tipo no Peru e é composta por médicos, cirurgiões oncológicos, anestesistas e enfermeiros do Hospital Dos de Mayo (HNDM) e do Instituto Nacional de Doenças Neoplásicas (INEN).

Os especialistas começaram a sua formação no Brasil em 01 de novembro, com o estudo dos princípios teóricos da cirurgia robótica, e desde 25 de novembro realizam uma abordagem teórico-prática no Hospital Albert Einstein de São Paulo, considerado pelo Minsa como o líder em cirurgia robótica na América Latina.

A terceira etapa da formação consistirá num "acompanhamento direto", pelo que uma equipa de instrutores médicos e engenheiros especializados do hospital de São Paulo viajará para o Peru para continuar com a formação e o acompanhamento durante as primeiras operações.

O ministério peruano indicou que se prevê que este programa de capacitação termine em 30 de janeiro de 2025.

O chefe da Direção de Cirurgia do INEN, Carlos Luque, comentou que "os cirurgiões oncológicos aprenderão a operar com o sistema robótico com visão 3D, o que será um marco no tratamento das doenças neoplásicas" no Peru.

Por sua vez, a médica Maria Cáceres, cirurgiã geral do Hospital Dos de Mayo e futura cirurgiã robótica, destacou que "este sistema minimiza o risco de lesões, melhora a precisão cirúrgica e acelera a recuperação dos pacientes".

"É uma mudança significativa na forma como tratamos os nossos pacientes", acrescentou a médica.

O ministro da Saúde do Peru, César Vásquez, afirmou que esta equipa de especialistas foi enviada para o Brasil para cumprir um anúncio da Presidente, Dina Boluarte, que em 28 de julho assegurou que o Peru teria um serviço público de cirurgia robótica.