Cabo Verde anunciou o oitavo óbito na contabilização oficial de vítimas de dengue, sete registados desde setembro, apesar de a epidemia afetar o arquipélago há um ano.
A última morte foi registada na quarta-feira, no Hospital Agostinho Neto, principal unidade do país, na Praia, ilha de Santiago, e a vítima era oriunda do concelho de São Domingos, de acordo com o boletim de hoje do Ministério da Saúde.
É a primeira vítima mortal daquele concelho, além de três óbitos de residentes na capital, Praia, e outros dois em Santa Cruz e São Miguel, todos na ilha de Santiago.
A ilha do Fogo é a única outra com registo de mortes (duas) por dengue, na atual epidemia, uma em São Filipe e outra em Mosteiros.
Segundo o mesmo boletim, de hoje, Cabo Verde regista 16.153 casos acumulados.
No início de outubro, o Governo cabo-verdiano declarou situação de contingência em todo o país, até ao fim de novembro, face ao pico de casos associado à época das chuvas (que já terminou).
O primeiro-ministro anunciou, na última semana, que a epidemia tinha entrado em fase descendente, mas apelou à prevenção contínua, com limpeza de ruas e drenagem de águas propícias à multiplicação de mosquitos que espalham a doença.
Cabo Verde tinha sido assolado por dengue em 2009, com 21.000 casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago.
A dengue é uma doença curável, mas que requer atenção médica.
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele, fazem parte dos sintomas da infeção que, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.