SAÚDE QUE SE VÊ

PSD/Açores diz que PS é “porta-voz do populismo e do alarmismo” na área da saúde

Lusa
21-11-2024 12:32h

O PSD/Açores considerou hoje que o PS “tornou-se no porta-voz do populismo e do alarmismo” na área da saúde e transformou o incêndio no hospital de Ponta Delgada “num instrumento de combate político”.

A deputada e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores Délia Melo, citada numa nota de imprensa do partido, afirmou hoje que o PS é “incapaz de apresentar propostas concretas” para o Hospital Divino Espírito Santo (HDES), que foi atingido por um incêndio em 04 de maio.

“O PS de Francisco César [líder regional dos socialistas açorianos] continua a ser incapaz de apresentar propostas concretas para a recuperação e retoma plena da atividade do HDES. O deputado Francisco César é contra o hospital modular, mas não apresenta nenhuma solução alternativa. O PS tornou-se no porta-voz do populismo e do alarmismo na área da Saúde”, afirmou.

A reação do PSD açoriano surge um dia depois de o líder do PS/Açores ter visitado o HDES e criticado o “amadorismo” do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) no processo de reconstrução do hospital.

“O que nos preocupa é que temos uma infraestrutura que está em parte paralisada, em que não foram feitas obras, e temos soluções de recurso que estão neste momento a prestar um serviço à população que não é um serviço que nos agrada e que não é bom”, declarou Francisco César.

O líder dos socialistas considerou que existem “mais dúvidas do que respostas” no processo de reconstrução daquela unidade de saúde, criticando a falta de rumo do executivo açoriano.

Também frisou que a construção do hospital modular “não era a solução consensual” no anterior conselho de administração e revelou que a atual direção do HDES pretende ampliar aquela infraestrutura, que ainda não tem todos os serviços operacionais.

“O serviço de urgência do hospital modular já vai ser ampliado em relação à sua solução inicial porque não foi pensado para o pico do inverno e para as respostas que eram necessárias dar”, alertou.

Hoje, a social-democrata Délia Melo lembrou que, após o incêndio de 04 de maio, “a preocupação do Governo Regional foi assegurar a continuidade da prestação de cuidados de saúde aos doentes e a retoma de funcionamento do HDES”.

“A opção pela construção de um hospital modular não foi uma decisão política, mas uma decisão técnica, tomada pelo Governo Regional depois de ouvida a direção clínica do HDES, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, a Comissão de Catástrofe e a equipa de engenheiros do Hospital de Santa Maria, de Lisboa, que visitou o HDES e partilhou a sua larga experiência, num trabalho de inegável qualidade”, justificou.

Segundo a vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, a construção do hospital modular “é a solução mais rápida para retomar a prestação de cuidados de saúde no HDES, cujo funcionamento foi severamente afetado pelas devastadoras consequências do incêndio”.

“A retoma da atividade e a entrada em funcionamento, de modo faseado, do hospital modular, tem por objetivo assegurar a total segurança na prestação de cuidados de saúde, bem como a segurança dos profissionais de saúde e colaboradores do HDES”, explicou.

A parlamentar social-democrata lembrou ainda que, “apesar do cenário de calamidade, foi possível manter as taxas de mortalidade sem qualquer aumento, comparativamente com o período homólogo, apesar de todas as contrariedades e dificuldades”.

Para Délia Melo, “o PS transformou o incêndio no HDES num instrumento de combate político, quando deveria preocupar-se com a prestação de cuidados de saúde aos açorianos e apresentar soluções para que os Açores possam superar esta tragédia”.

O hospital de Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio em 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.

MAIS NOTÍCIAS