SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Governo britânico desaconselha viagens a Timor-Leste

LUSA
15-03-2020 17:20h

O governo do Reino Unido desaconselhou hoje os britânicos a viajar para Timor-Leste, alertando para os potenciais riscos relacionados com a pandemia de Covid-19 e as consequências nos serviços de saúde.

"A deteção e o tratamento da doença em Timor-Leste serão difíceis, dados os cuidados de saúde limitados disponíveis. Existe o risco de o sistema de saúde sofrer uma pressão significativa à medida que o COVID-19 se espalha. A evacuação médica pode não estar disponível ou ser muito cara”, refere o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico numa atualização aos conselhos de viagens ao estrangeiro

Nesse sentido, disse desaconselhar "todas as viagens, exceto as essenciais, a Timor-Leste”, tal como já tinha feito esta manhã relativamente aos EUA e anteriormente para uma série de países e territórios, como Espanha, Itália ou os arquipélagos dos Açores e Madeira.

Timor-Leste não tem até ao momento qualquer caso registado do Covid-19.

Porém, citado na imprensa indonésia, o Governador de Nusa Tengara Timur, a província que inclui a metade indonésia da ilha, disse no sábado que as autoridades provinciais vão fechar as fronteiras com Timor-Leste.

Dionísio Babo, ministro dos Negócios Estrangeiros timorense disse à Lusa que oficialmente o executivo em Díli ainda não foi informado e que desconhecia se e quando essa medida será aplicada.

A decisão, a concretizar-se, afetará as populações fronteiriças e tanto as viagens aéreas entre as duas capitais, Díli e Kupang, e por terra, com o enclave de Oecusse-Ambeno.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.000 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 160 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 139 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no sábado 175 novas mortes e que regista 1.441 vítimas fatais.

MAIS NOTÍCIAS