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Programa Lisboa2020 concluido com êxito sobretudo na saúde e no emprego - CCDR

LUSA
12-11-2024 14:30h

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo considerou hoje que o programa Lisboa2020 foi concluído com êxito, salientando a importância no plano de emprego e saúde na região.

Teresa Almeida falava à Lusa à margem da cerimónia que marca o encerramento do programa2020, que decorreu no Técnico Inovation Center, espaço de estudo e de trabalho colaborativo do Instituto Superior Técnico (IST) na antiga Gare do Arco do Cego, em Lisboa, que representou um investimento de 12 milhões de euros, dos quais 4,6 milhões do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito precisamente do Lisboa 2020.

“Entendo que o programa se conclui com êxito, posso dizê-lo assim. Foi um processo que começou com uma determinada perspetiva da inserção e do crescimento europeu. E, por isso, foram definidas estratégias e foi concertado toda a aplicação dos fundos que tínhamos ao dispor e fomos surpreendidos por situações perturbadoras”, explicou à Lusa a responsável.

Teresa Almeida lembrou, em primeiro lugar, a crise económica, depois a pandemia de covid-19 e o início do conflito europeu, “muito sobressaltos” que fizeram com que o programa tivesse de recorrer “a alguma elasticidade e alguma capacidade de adaptação aos desafios que iam acontecendo”.

“Felizmente, devo registá-lo, que a Comissão Europeia permitiu-nos essa flexibilidade, portanto, o êxito que este programa acaba por ter ao fim deste percurso, não se desviando daquilo que era essencial e que era programático, foi a capacidade de ir acompanhando perturbações, ajustando oportunidades de financiamento”, afirmou.

A presidente da CCDR Lisboa e Vale do Tejo reconheceu a importância do programa no setor da saúde e do emprego, lembrando que tal foi “uma consequência da flexibilidade que permitiu que o programa se adaptasse aos desafios e que se concluísse com êxito”, já que o principal objetivo “é a aplicação cabal das oportunidades financeiras ao serviço da região”.

Apesar de o programa Lisboa2030 ter uma dotação menor em relação ao anterior, equivalente aos períodos anteriores ao de 2020 e com uma taxa de cofinanciamento inferior, Teresa Almeida disse esperar que no seu encerramento se posso ter “este orgulho" de que se está contribuir para "o sucesso da região”.

“O Lisboa2030 concorre com um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que, em simultâneo, tem dado uma oportunidade também de grandes desafios que se possam cumprir, nomeadamente em áreas que nunca eram financiadas, como a habitação, a residência para estudantes”, salientou.

Segundo a responsável, existe “um paralelismo de oportunidade” com os dois apoios de fundos, sendo que o Lisboa2030 já tem “68% dos avisos abertos”, o que demonstra que a procura “continua a ser muito significativa e vai obrigar a fazer escolhas” porque não se vai conseguir financiar todos.

No caso da saúde, no Lisboa 2020 foi concretizado um investimento nos serviços públicos, ao nível hospitalar e de unidades de proximidade, num total de 57 operações, com um investimento total de 132 milhões, sendo 78 milhões do fundo europeu.

Já em relação ao emprego, houve uma aposta na empregabilidade, contribuindo para uma maior inclusão e coesão territorial, ao serem aprovadas 487 operações, com um investimento total de 176 milhões de euros, com 108 milhões de euros do fundo.

Com um investimento total de 1.935 milhões de euros, o programa Lisboa2020, viu 3.453 candidaturas aprovadas, com um fundo executado de 857 milhões de euros.

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