SAÚDE QUE SE VÊ

PM vinca que foi o SNS que permitiu cortar tempo de espera nas cirurgias oncológicas

LUSA
24-10-2024 17:41h

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vincou hoje no IPO do Porto que foi o Serviço Nacional de Saúde que permitiu encurtar os tempos de espera das cirurgias oncológicas, durante a cerimónia de anúncio do primeiro Centro Nacional de Protonterapia.

"Conseguimos fazê-lo dentro do Serviço Nacional de Saúde. Mais de 99% das cirurgias de recuperação das situações em que esse tempo máximo tinha sido ultrapassado ocorreram dentro do perímetro de atuação do Serviço Nacional de Saúde, o que diz daquilo que são os princípios orientadores da política de saúde", disse hoje Luís Montenegro.

O chefe do Governo falava durante a cerimónia de assinatura de colaboração com a Fundação Amancio Ortega para a criação do Centro Nacional de Protonterapia, que a fundação espanhola equipará através de uma doação de 80 milhões de euros.

"Nós priorizámos a recuperação desses atrasos precisamente na área da oncologia, e em pouco tempo conseguimos eliminar que acontecesse, precisamente, o ultrapassar do tempo de resposta que a comunidade científica considera como o tempo máximo para acudir a uma necessidade dentro daquilo que é aconselhável", frisou.

O primeiro-ministro considerou o novo centro hoje anunciado como um exemplo institucional entre setores, expressando à fundação Amancio Ortega o "reconhecimento e gratidão do Governo de Portugal", e por essa via do povo português.

O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto vai ter um centro de terapia do cancro com protões, técnica de radioterapia considerada inovadora, de maior precisão e com menos efeitos secundários do que a radioterapia convencional, foi hoje anunciado.

O primeiro centro nacional de protonterapia contará com um apoio de 80 milhões de euros para compra de equipamentos, verba doada pela Fundação Amancio Ortega (FAO) ao IPO do Porto.

Quanto às infraestruturas do futuro Centro Nacional de Protonterapia (CNP), cuja concretização se estima num prazo de três a quatro anos, serão financiadas “quase na sua totalidade por fundos comunitários provenientes do Programa Regional Norte 2030”, lê-se na informação disponibilizada pelo IPO à Lusa.

A protonterapia, atualmente inexistente em Portugal, é considerada uma técnica de radioterapia inovadora e de maior precisão, com menos efeitos secundários do que a radioterapia convencional.

O tratamento de doentes oncológicos com protões é apontado como especialmente relevante em doentes com longa sobrevivência, particularmente na população pediátrica.

MAIS NOTÍCIAS