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Técnicos Superiores de Diagnóstico dos Açores associam-se à greve no final mês

LUSA
18-10-2024 16:11h

Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica dos Açores vão juntar-se à greve nacional do setor, alegando falta de respostas da tutela quanto a salários e à progressão na carreira, entre outros, foi hoje anunciado.

"Nos dias 30 e 31 de outubro, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica dos Açores vão juntar-se à greve nacional, manifestando descontentamento com a postura do Ministério da Saúde", lê-se num comunicado enviado pela direção regional do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).

O STSS nos Açores critica "a falta de respostas" do Governo da República em temas essenciais, como a negociação de carreira e a revisão da tabela salarial, que "tem prejudicado os profissionais".

A nível regional, "há incerteza quanto à forma como serão pagos os retroativos relacionados com a aplicação da Lei 34/2021", que estabelece o regime remuneratório aplicável à carreira especial de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica, bem como as regras de transição dos trabalhadores para esta carreira.

O sindicato diz ainda que aguarda "a todo o momento" a apresentação de uma proposta por parte do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) de forma "a não gerar mais insegurança" entre estes profissionais de saúde.

O STSS alerta que a paralisação pode inviabilizar a realização de diversos exames complementares de diagnóstico como análises clínicas, TAC, Raio X, entre outros, bem como atividades nas áreas da terapêutica, nomeadamente, farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional.

"A não realização destes exames terá impacto não só no diagnóstico e na terapêutica, bem como em cirurgias programadas, por exemplo. Os serviços mínimos assegurarão apenas as urgências", refere.

O STSS lembra que, no continente, está também agendada uma paralisação destes profissionais de saúde entre os dias 28 e 31 de outubro.

"Em causa está a resolução das injustiças e discriminações relacionadas com a contagem do tempo de trabalho e inversão de posições remuneratórias, independentemente do vínculo contratual, a devida compensação pelo risco e a penosidade no exercício de funções, a criação de condições específicas de aposentação adequadas, a resolução de todas as injustiças e discriminações relacionadas com a revisão da carreira e descongelamentos", indica.

Os profissionais reivindicam ainda a abertura de concursos de promoção, a revisão do sistema de avaliação de desempenho e a correta interpretação e aplicação dos termos em que se processa o vencimento do direito à progressão remuneratória, por efeito da avaliação de desempenho.

Em setembro, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica anunciou uma paralisação de quatro dias no final de outubro em protesto contra “a falta de ação” do Governo para responder às revindicações dos profissionais.

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