Segundo a vereadora com o pelouro da Ação Social na Câmara do Fundão, Alcina Cerdeira, as respostas tipificadas já não servem e é preciso encontrar e testar novas soluções com vista a um envelhecimento ativo e saudável, tendo em conta que a esperança média de vida tem aumentado.

“As respostas não podem ser as mesmas que eram antes, porque isto muda, e também as necessidades das próprias pessoas. É importante trabalhar para a autonomia”, frisou, à Lusa, a autarca, segundo a qual “a nível nacional é mesmo um congresso inovador” o que se realiza no Fundão.

Além de especialistas nacionais e internacionais e académicos que têm estudado a temática, alguns com opiniões divergentes e propostas de abordagem diferentes, há também no pavilhão expositores, empresas com trabalho desenvolvido na área e a apresentação de programas e projetos diferenciadores.

Vão ser também apresentados protótipos e serviços inovadores no setor, entregues prémios de inovação para a longevidade e há a possibilidade de experimentar alguns equipamentos.

“Há uma interação muito grande, a vários níveis. Quisemos congregar, com a presença de todas as áreas que sentimos fazerem falta em outros congressos. Este é um congresso a outro nível do que se faz, pensando em que é que a inovação pode ajudar na longevidade”, referiu Alcina Cerdeira.

A vereadora acrescentou que vão ser apresentados projetos implementados no norte da Europa, vão estar presentes vários parceiros, cerca de 500 participantes e que a intenção é perceber o que pode ser implementado em cada entidade para melhorar as condições de vida da população mais velha.

“Mesmo as respostas de institucionalização terão de ser diferentes, porque estes novos velhos vão ser diferentes. Os novos velhos querem também outras possibilidades. Aquelas que existem hoje terão de ser reinventadas, recriadas para as populações futuras, para os mais velhos”, acentuou a vereadora, em declarações à agência Lusa.

Para a coordenadora do Centro Neuromotor do Fundão e elemento da organização, Catarina Rondão, é importante “uma reflexão que oriente ações para minimizar os crescentes impactos” do envelhecimento.

“Os novos desafios exigem respostas diferenciadas e inovadoras para o paradigma que emerge, o da longevidade com qualidade”, reforçou a técnica de desporto.

De acordo com Catarina Rondão, que lidera um projeto de estimulação física e cognitiva, o Congresso Internacional Inovação para a Longevidade pretende ser um espaço de partilha de conhecimento, de demonstração de boas práticas, de promoção de parcerias, de desenvolvimento de trabalhos que envolvam o maior e mais interdisciplinar grupo de agentes.

“O desiderato é a construção de novos paradigmas de literacia para a saúde destinado a este novo e crescente nicho populacional, que aguarda respostas prontas e de qualidade”, acentuou Catarina Rondão.