A diretora-geral da Saúde considerou hoje que a invisibilidade da DGS nos últimos anos prejudicou o investimento de que a organização precisava e disse que a instituição enfrenta uma “mudança de paradigma”.
No discurso durante a cerimónia que assinalou os 125 anos da Direção-Geral da Saúde (DGS), que decorreu na Nova School of Business and Economics (Nova SBE), em Carcavelos, Rita Sá Machado afirmou: “a invisibilidade ao longo do tempo ofuscou o investimento necessário”.
Rita Sá Machado disse ainda que a DGS enfrenta um “novo paradigma”, com uma nova lei orgânica, um novo método de trabalho e maior escrutínio, assim como uma alteração da cultura organizacional.
“Ter um sistema de saúde avançado não é o mesmo do que ter um sistema de saúde forte e robusto”, afirmou a responsável, lembrando que, na pandemia, alguns países de médio rendimento tiveram melhores resultados.
A responsável sublinhou a importância do investimento em saúde pública e de se avançar “de mente aberta, só nas fundações da melhor evidência científica, e com coragem”.
Questionada pelos jornalistas sobre as críticas à falta de investimento na Direção-Geral da Saúde, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que no discurso na cerimónia já tinha sublinhado que pretende o reforço de competências e capacidades da DGS, disse que esta tem de ser “adaptada ao momento que se vive”.
“A lei orgânica é muito importante porque a revisão da lei orgânica faz a reorganização, quer departamental, quer sob o ponto de vista técnico, daquilo que deve ser a DGS”, disse a ministra, acrescentando: “os investimentos, quer ao nível da reorganização da DGS, quer ao nível da reforma de saúde pública, vão acontecer”.