O município da Pampilhosa da Portugal, no interior do distrito de Coimbra, é dos cinco a nível nacional que não tem nenhum património cultural classificado, nem em vias de classificação.
“Não temos no património cultural edificado nada classificado, nem em vias de classificação”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Jorge Custódio, salientando que o maior património do concelho é a natureza.
Salientando que nas serranias daquele território “não há castelos nem mosteiros”, o autarca reiterou que o “maior património do concelho é a natureza”.
“Quanto ao resto, é um facto que não temos património classificado nem para classificar”, sublinhou.
O “Atlas Artístico e Cultural de Portugal”, que vai ser hoje apresentado, em Lisboa, divulgou que, em 2022, Portugal contava em 2022 com mais de 4.600 imóveis de património cultural classificado, espalhados por todo o território nacional, com exceção de cinco municípios, todos localizados na região Centro (Oliveira do Bairro, Vagos, Pampilhosa da Serra, Proença-a-Nova e Entroncamento)”.
O “Atlas Artístico e Cultural de Portugal” resulta de uma parceria entre a Direção-Geral das Artes (DGArtes) e o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais, havia, em 2022, 4.655 imóveis culturais classificados, a maioria dos quais como monumentos.
Quase 3.000 dos imóveis classificados são considerados de interesse público, havendo 867 de interesse municipal e 831 monumentos nacionais.
O “Atlas Artístico e Cultural de Portugal” foi criado para mapear e caracterizar “os equipamentos culturais existentes e as entidades artísticas em atividade”, pretendendo “analisar os impactos da crise causada pela covid-19 a curto e a médio prazo, com a produção de indicadores atualizados que permitam suportar a tomada de decisões estratégicas por parte da área governativa da cultura e informar entidades públicas, privadas e os cidadãos”.