A Cáritas Portuguesa decidiu hoje suspender o seu peditório público nacional, que se realizava entre quarta-feira e domingo em vários espaços comerciais, escolas e comunidades paroquiais, por preocupação com a propagação do novo coronavírus.
“A Cáritas Portuguesa procura desta forma dar uma resposta que se enquadra nos apelos que têm vindo a ser feitos pelas autoridades nacionais e locais de adotar comportamentos de prevenção sempre que a realidade local a isso obrigar, não querendo, assim, expor os seus voluntários nem aqueles com quem contactam a possíveis situais de risco ou de contágio”, adianta, em comunicado.
A Cáritas agradece “a compreensão de todos para esta decisão e para os constrangimentos que dela advêm, na certeza de que a circunstância que se vive no âmbito mundial, europeu e nacional a isto obriga”.
Não foi anunciada nova data para o peditório.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Mais de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.