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Covid-19: União das Misericórdias enviou modelo de plano para as 388 misericórdias do país

LUSA
11-03-2020 11:08h

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) enviou para as 388 misericórdias do país um modelo para plano de contingência de forma a serem adotadas as medidas necessárias para contenção da infeção pelo novo coronavírus.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da UMP explicou que a instituição segue esta questão com preocupação e responsabilidade, mas sem dramatismos.

Manuel Lemos adiantou que a UMP considera que neste caso, como noutros, é fundamental a articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS), tendo sido feitas recomendações que foram usadas em Lousada e Felgueiras (distrito do Porto).

“Fizemos circular as informações que nos foram chegando e demos conselhos e recomendações que começaram a ser usadas em Lousada e Felgueiras”, disse.

Entre as recomendações já aplicadas em Lousada e Felgueiras está a centralização da comunicação entre os familiares e os idosos através de Skype, por exemplo, de forma a protegê-los, assim como aos técnicos que cuidam deles.

De acordo com dados da UMP, as 388 misericórdias espalhadas pelo país têm cerca de 45 mil trabalhadores diretos, 165 mil pessoas apoiadas por dia e segundo dados de 2013 existem 500 lares para idosos, mais de 450 serviços de apoio domiciliário, mais de 360 centros de dia e mais de 70 equipamentos para crianças e jovens em risco.

O modelo para o plano de contingência surge na sequência das orientações resultantes do alerta da Organização Mundial de Saúde sobre o surto de Covid-19 (novo coronavírus) e com orientações emitidas pela DGS.

Numa circular emitida na quinta-feira, Manuel Lemos, refere que o plano de contingência dever ser obrigatoriamente adaptado para a realidade institucional de cada misericórdia, ao contexto de cada equipamento e atualizado consoante o evoluir da situação e em função das orientações que vão sendo divulgadas pela DGS.

Na mesma circular, o presidente da UMP explica que a União das Misericórdias Portuguesas está em estreita e permanente articulação com o Instituto de Segurança Social, clarificando que à data da circular (09 de março) a suspensão de visitas aplica-se apenas “às respostas ERPI [estrutura residencial para pessoas idosas] e lar residencial da Região de Saúde do Norte”.

No que respeita à resposta centro de dia, adianta Manuel Lemos na mesma circular, a orientação geral validada junto da DGS é de que deverá manter-se o seu normal funcionamento até orientação em contrário.

A epidemia de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Portugal registou até ao momento 41 pessoas infetadas.

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