Uma iniciativa internacional que integra uma fundação, uma empresa e uma organização disponibilizou 110 milhões de euros para aumentar a produção de medicamentos e o desenvolvimento de novos tratamentos para combater a epidemia de Covid-19, foi hoje anunciado.
De acordo com um comunicado, o projeto tem como finalidade “acelerar a resposta à epidemia” do novo coronavírus, através do desenvolvimento de “novos tratamentos, a preços equitativos, e que possam, sobretudo, chegar a ambientes com poucos recursos”.
O investimento é também destinado à “avaliação de novos medicamentos e produtos biológicos” ou ao “reaproveitamento de produtos existentes para tratar pacientes” contagiados com Covid-19.
A iniciativa é um investimento conjunto da Fundação Bill & Melinda Gates – criada pelo cofundador da empresa tecnológica norte-americana Microsoft -, da organização sem fins lucrativos que financia pesquisas na área da Saúde Wellcome e da empresa de pagamentos eletrónicos MasterCard.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), várias organizações governamentais e ainda “instituições reguladoras e de definição de políticas globais” vão estar envolvidas neste projeto.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se no caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e 10.149 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo Governo italiano ao Norte de Itália foi alargada a todo o país.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.