O Ministério da Saúde adiantou hoje que está a avaliar a doação a países africanos de vacinas contra a mpox, de acordo com o seu ‘stock’ e com as necessidades internas, após vários países europeus terem anunciado esse compromisso.
Em resposta à Lusa, o Ministério da Saúde explicou que “Portugal é solidário com as necessidades identificadas e com as orientações europeias neste domínio”, realçando que “está a avaliar, de acordo com o seu ‘stock’ e com as necessidades internas, o que eventualmente poderá ser disponibilizado”.
A informação do gabinete tutelado por Ana Paula Martins surge um dia depois de Espanha ter divulgado que vai doar 100 mil frascos de vacina contra a mpox a países da África Central, instando a Comissão Europeia a liderar uma iniciativa para os Estados-membros darem igual contributo.
Também a França e a Alemanha já tinham anunciando o mesmo compromisso, na mesma quantidade de doses.
A mpox é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas que também pode ser transmitida entre seres humanos através do contacto físico, provocando febre, dores musculares e lesões cutâneas.
Uma nova estirpe (“clade 1b”) de mpox foi detetada na República Democrática do Congo (RDCongo) em setembro de 2023 e depois notificada em vários países vizinhos.
O ressurgimento em África está a ter um grande impacto na República do Congo, RDCongo, Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda.
Na passada sexta-feira, a Comissão Europeia pediu aos Estados-membros que solidariamente enviassem vacinas para o continente africano.
O envio das vacinas corresponde a um pedido nesse sentido feito na passada sexta-feira pela Comissão Europeia.
“Escrevi aos ministros da Saúde da UE sobre os planos de doação de vacinas e terapêuticas contra o vírus mpox. A solidariedade mundial é fundamental para enfrentar as ameaças globais à saúde”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
“Contamos com os Estados-membros para apoiarem os nossos parceiros africanos na gestão do surto”, sendo que “a Comissão está pronta a coordenar” a mobilização, acrescentou a responsável.
Desde janeiro, foram notificados quase 21.500 casos e 591 mortes pela doença em 13 países africanos.