O presidente da Associação Académica de Braga disse hoje que os estudantes da Universidade do Minho, encerrada devido ao surto de covid-19, estão a ser "compreensivos com a medida adotada" e que a acham "até prudente".
Em declarações à Lusa sobre o encerramento de toda atividade letiva e dos edifícios da Universidade do Minho (UMinho), quer em Guimarães, quer em Braga, Rui Oliveira explicou ainda que a edição deste ano da "Gata na Praia" foi também cancelada, assim como "todas as atividades até 14 de abril".
A Gata na Praia ia ter lugar de 13 a 18 de abril, na Praia da Rocha, em Portimão, sendo que o presidente da associação académica revelou ainda algum "alívio" por parte da autarquia de Portimão pelo cancelamento da atividade.
"Claro que os alunos, e todos, estão preocupados com a situação, principalmente com a situação letiva uma vez que as aulas e exames vão ser afetados. Mas estão a reagir com preocupação e acham até prudentes as medidas anunciadas", apontou Rui Oliveira.
Quanto à Gata na Praia, "foi uma decisão da Associação Académica tendo em conta as recomendações que as autoridades têm feito e para a Câmara de Portimão foi também um alívio", sendo que, disse, "a própria autarquia ia sugerir o cancelamento da atividade.
Já há casos confirmados de pelo menos duas pessoas infetadas com o novo coronavírus em Portimão.
Hoje, a Universidade do Minho anunciou o encerramento das instalações, das atividades académicas, reuniões e saídas, depois de ter sido confirmado um caso de covid-19 na comunidade estudantil.
Além da Gata na Praia foram também canceladas a Start Point Academy, a Academia à Conversa, Assembleia de Delegados, Competição Desportiva da FADU, Dias + por +, DJ@UM, FórUM Núcleos e MeetUp.
Também os Bares Académicos de Braga e Guimarães, Espaço AAUM, onde se inclui LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor, GIP - Gabinete de Inserção Profissional e Place Me. Gabinetes de Apoio ao Aluno de Braga e Guimarães e reprografias dos campi estarão fechados.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos, havendo mais de 114 mil infetadas em mais de uma centena de país.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.