As autoridades chinesas aprovaram hoje a comercialização do primeiro teste desenvolvido internamente para detetar a mpox, antes conhecida como varíola dos macacos, dias depois de terem reforçado os controlos fronteiriços face à propagação internacional da doença.
O Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, informou que a Administração Nacional de Produtos Médicos do país autorizou a comercialização de um teste de ácido nucleico desenvolvido pela Daan Gene, empresa sediada na província de Guangdong, sul do país.
Este método testa lesões cutâneas e amostras obtidas a partir de exsudados faríngeo, detalhou o jornal, referindo que outras empresas estão também a preparar testes para a mpox e "outros produtos relacionados".
"Para responder às necessidades dos mercados estrangeiros, muitos produtos desenvolvidos por estas empresas foram certificados pela União Europeia (UE)", acrescentou.
A China está também a desenvolver uma vacina contra a doença, tendo passado a primeira fase dos ensaios em julho do ano passado e entrado na fase de investigação clínica.
Em 14 de julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma emergência sanitária internacional devido à propagação da doença, especialmente em África, onde foram registados milhares de casos e centenas de mortes.
Dois dias depois, as autoridades chinesas anunciaram o reforço, durante seis meses, de medidas de vigilância nas suas fronteiras para evitar a entrada do vírus, exigindo que todos os aviões e navios provenientes de zonas afetadas pela doença cumpram medidas sanitárias.
Os novos controlos centram-se na deteção de sintomas como febre, dores de cabeça e erupções cutâneas nos viajantes. Além disso, serão efetuados controlos sanitários rigorosos aos veículos, contentores e mercadorias provenientes das zonas afetadas.