O Parlamento Europeu registou hoje o primeiro caso de Covid-19, com os serviços médicos da assembleia a indicarem que um formador externo que dá aulas a funcionários em Bruxelas acusou positivo na análise a que se sujeitou.
Num correio eletrónico enviado a todo o pessoal que trabalha na instituições, os serviços do Parlamento garantem que todas as medidas necessárias estão a ser tomadas para proteger os funcionários do PE e deputados e que as pessoas que estiveram em contacto próximo com o formador já foram informadas, tendo-lhes sido solicitado que permaneçam em casa e monitorizem a sua saúde até o período de incubação do novo coronavírus ter passado.
Antes do Parlamento Europeu, já haviam sido registados casos de Covid-19 na Agência Europeia de Defesa, no Conselho da UE e na NATO, cujo quartel-general é em Bruxelas.
Hoje mesmo, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, anunciou que vai permanecer de quarentena voluntária e trabalhar de casa nas próximas duas semanas, como medida de precaução após ter estado no fim de semana em Itália, o país europeu mais afetado pelo surto de Covid-19.
Por outro lado, a assembleia anunciou também hoje que a próxima sessão plenária do Parlamento Europeu, que deveria realizar-se entre 30 de março e 02 de abril em Estrasburgo, França, também foi ‘transferida’ para Bruxelas e encurtada, à semelhança da corrente sessão.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.