A Grécia anunciou hoje o encerramento de todas as escolas, creches e universidades, durante duas semanas, para “atrasar a disseminação” do novo coronavírus, que já infetou 89 pessoas em várias regiões do país.
“O governo decidiu suspender as atividades de todas as escolas em todo o país por 14 dias”, disse o ministro da Saúde, Vassilis Kikilias, pedindo às pessoas comportamentos responsáveis, perante a crise.
“Todos devemos nos comportar de maneira responsável. Os pais devem controlar os seus filhos. A medida visa retardar a propagação da doença”, explicou o ministro.
A Grécia já tinha fechado cerca de 40 escolas e universidades na região de Atenas, cerca de 10 em Thessaloniki, a segunda cidade no país e local onde o primeiro caso de coronavírus havia aparecido, além de todos os estabelecimentos de ensino em três regiões do oeste do país, onde tinha sido detetada a maioria dos casos.
A Grécia já registou 89 casos do novo coronavírus, nenhum dos quais foi fatal até ao momento.
A maioria dos casos surgiu do interior de um grupo de peregrinos que viajou de autocarro para Israel e para o Egito, no final de fevereiro.
Por esse motivo, as autoridades gregas já tinham proibido reuniões e espetáculos públicos, durante vários dias, em duas regiões do Peloponeso (sudoeste do país).
A antiga cidade de Olympia, onde a chama olímpica será acesa na quinta-feira para assinalar o arranque dos Jogos Olímpicos de Tóquio, está localizada numa dessas regiões, o que levou a que o número de convites para a cerimónia tenha sido reduzido.
Desde segunda-feira e por 15 dias, todos os encontros desportivos profissionais são realizados à porta fechada.
O presidente do clube de futebol grego Olympiakos, Evangelos Marinakis, anunciou hoje na sua página da rede social Facebook, que está infetado com o novo coronavírus.