O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) rejeitou hoje o encerramento generalizado das instituições, afirmando que não há "razões de saúde pública que justifiquem".
Em comunicado divulgado após uma reunião plenária para analisar a situação do contágio pelo novo coronavírus em Portugal, o CRUP salienta que "até ao momento não há razões de saúde pública que justifiquem o encerramento das instituições universitárias, à semelhança do que acontece com a generalidade dos setores de atividade em Portugal".
O organismo refere que vai esperar pelo resultado da reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública que decorrerá na quarta-feira, salientando que "até agora somente foram encerradas, por indicação das autoridades competentes, escolas/edifícios onde foram identificados casos positivos de coronavírus".
Várias universidades, como a de Lisboa, Coimbra ou Minho suspenderam as aulas presenciais para evitar concentrações de pessoas que favoreçam o contágio.
O CRUP nota que todos os casos positivos identificados ou suspeitos em Portugal estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde e em "isolamento profilático".
A comunidade académica deve continuar a tomar "medidas básicas de higiene e de distanciamento social recomendadas pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais para a contenção da propagação da Covid-19", pede o CRUP.
Em Portugal, o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu hoje para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus.