O PS manifestou-se hoje disponível para “todos os debates” sobre o novo coronavírus, incluindo o pedido hoje pelo CDS-PP, realçando que o importante é “esclarecer os portugueses” e que “o parlamento possa acompanhar a evolução das medidas”.
O grupo parlamentar do CDS-PP requereu hoje um debate urgente de atualidade - que se realizará na quinta-feira - sobre as respostas que estão a ser postas em prática para tentar conter o surto de Covid-19, defendendo que é preciso “saber exatamente” as medidas tomadas.
“Há naturalmente toda a disponibilidade para que a Assembleia da República possa fazer todos os debates que se considerem necessários para esclarecer os portugueses e para que o parlamento possa acompanhar a evolução das medidas que vão sendo tomadas para responder às necessidades do dia a dia”, afirmou a deputada socialista Sónia Fertuzinhos, em declarações aos jornalistas no parlamento.
A deputada frisou, contudo, que o parlamento já realizou vários debates nas últimas duas semanas, com o primeiro-ministro no debate quinzenal, hoje com a Diretora-Geral da Saúde e com a ministra da Saúde, quer na semana passada, quer na quarta-feira de manhã, em audição regimental.
“A questão não é o debate do CDS, a questão é em cada momento fazer os debates que se revelarem necessários”, frisou.
A deputada defendeu ser essencial “reforçar a confiança dos portugueses de que todas as entidades responsáveis, a começar pelo Governo, tomaram e estão a tomar todas as medidas que se revelam necessárias”.
O CDS-PP justificou o pedido de debate para saber “o que é que o país vai fazer e como” para combater a epidemia de Covid-19.
O número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a DGS.
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial e há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.