Alexandre Valentim Lourenço defendeu hoje no canal S+ que o médico "faz tudo" que ia de aldeia em aldeia ver doentes corresponde a uma visão romântica do passado. Para o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, num futuro muito próximo determinados procedimentos clínicos, sobretudo na área do diagnóstico, vão ser assumidos por equipamentos tecnológicos avançados como, de resto, já sucede em especialidades como a Dermatologia ou Anatomia Patológica.
Durante uma entrevista ao programa "Auditório S+", após o Congresso da Ordem dos Médicos que se realizou em Lisboa a semana passada, o médico defendeu ainda que algumas especialidades "vão desaparecer, outras vão mudar, outras que se vão fundir e outras que se vão criar".
Alexandre Valentim Lourenço afirmou que existem estudos científicos que provam que as máquinas já fazem o mesmo trabalho que os médicos sobretudo na deteção de padrões, e que graças à sua inteligência artificial alcançam mesmo resultados superiores que escapam ao olho humano.
Na conversa com Pedro Vaz Marques, o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, assegurou ainda que a deteção e o diagnóstico são tarefas que cada vez menos serão asseguradas por clínicos como sucedia até agora, mas darão cada vez mais lugar a máquinas, o que trasnformará os médicos do futuro em "gestores do paciente".