Quatro dias depois da tentativa de assassínio de Donald Trump, candidato às presidenciais norte-americanas, o público continua a desconhecer a dimensão dos ferimentos que sofreu, o tratamento hospitalar e se há efeitos de longo prazo na sua saúde.
A campanha de Trump tem recusado discutir a sua condição de saúde, divulgar relatórios ou registos médicos ou disponibilizar para esclarecimentos os médicos que trataram o candidato republicano, remetendo eventuais respostas para o próprio Trump, os seus amigos e familiares.
“É um eufemismo dizer que é bizarro que um candidato presidencial sofreu ferimentos devido a uma tentativa de assassínio e que não foi emitido qualquer relatório médico sobre a avaliação e a dimensão das feridas”, escreveu Jonathan Reiner, professor de Medicina e Cirurgia na Universidade George Washington, na rede social X.
Quando o presidente Ronald Reagan foi alvejado, em 1981, durante uma tentativa de assassínio, o hospital em Washington onde foi tratado fez atualizações regulares sob a sua situação e tratamento.
A falta de informação sobre a saúde tem sido um padrão de Trump ao longo da sua carreira política.
Quando concorreu pela primeira vez em 2016, Trump recusou divulgar registos médicos, substituindo-os por uma nota do seu médico, onde este declarava que Trump iria ser “o indivíduo mais saudável alguma vez eleito para a Presidência”.