Em causa estão "estudos encomendados" pelo executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) "à Universidade dos Açores e à Universidade Nova de Lisboa para quantificar eventuais discrepâncias entre os custos nestas áreas na região e no restante território nacional, advindos da insularidade", justifica o PS numa nota enviada às redações.

O vice-presidente do grupo parlamentar socialista no parlamento açoriano, Carlos Silva alega que o Governo Regional “já dispõe desta informação há meses".

Mas, "optou por esconder e reservar para si”, aponta o deputado socialista, citado na nota de imprensa.

Carlos Silva lembra que "o secretário regional das Finanças já deu conta, em março deste ano, que estes estudos indicam um sobrecusto de 28,6% ao nível dos cuidados de saúde primários, de 22,2% no que toca aos cuidados hospitalares e de 11% na área da educação”.

Para os socialistas, estes dados de forma isolada, "sem o conhecimento" na sua versão integral, “inviabilizam uma análise minuciosa e aturada dos documentos que, certamente, conterão outras informações relevantes e de interesse geral”.

“Este Governo da coligação fez com estes estudos aquilo que sempre faz: guarda a informação para si, não divulga, não esclarece", sustenta o vice-presidente do grupo parlamentar socialista açoriano, que defende "uma maior transparência" por parte do executivo regional para que os cidadãos e entidades possam "tomar conhecimento das conclusões e recomendações" e para que possa "haver um debate mais informado e inclusivo sobre as necessidades e prioridades para os Açores”.