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Arábia Saudita executou 100 pessoas desde o início do ano - ONG

Lusa
16-07-2024 07:49h

Uma centena de pessoas foi executada, desde o início deste ano, na Arábia Saudita devido à aplicação da pena capital, denunciou hoje a Organização Europeu-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR).

O número de pessoas executadas “ao dia de hoje” subiu para 100, segundo uma contagem levada a cabo pela ONG sediada em Berlim, que se baseia em dados publicados pelo Ministério do Interior da Arábia Saudita e divulgados pela agência oficial de notícias saudita (SPA)

Até ao momento foram executados 98 homens e duas mulheres, a maioria sauditas e iemenitas, segundo indica a ESOHR, referindo que também foi registada a execução de cidadãos da Etiópia, Paquistão, Síria, Sri Lanka, Nigéria, Jordânia, Índia e Sudão.

Segundo refere a ESOHR, este número significa que tem existido “quase uma execução a cada dois dias” e um aumento de 42% face ao mesmo período de 2023.

Estes dados perspetivam que este ano poderá ser “mais mortífero” do que o anterior, em que foram registadas 172 execuções.

Quatro por cento das execuções foram de pessoas acusadas de crimes relacionados com drogas, apesar de, em 2021, a Arábia Saudita ter anunciado a suspensão deste tipo de execuções, para “dar uma nova oportunidade às pessoas acusadas de crimes graves”.

A maioria das execuções está relacionada com acusações de homicídio, ocultação de diversos crimes, participação em formações de células terroristas ou “colocar em perigo a unidade nacional e minar a segurança social”.

Em 2023, foram executadas 172 pessoas na Arábia Saudita, segundo a ONG ALQST, sediada no Reino Unido, enquanto em 2022 as autoridades sauditas executaram um total de 196 presos no corredor da morte, 81 deles num único dia.

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