Uma centena de pessoas foi executada, desde o início deste ano, na Arábia Saudita devido à aplicação da pena capital, denunciou hoje a Organização Europeu-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR).
O número de pessoas executadas “ao dia de hoje” subiu para 100, segundo uma contagem levada a cabo pela ONG sediada em Berlim, que se baseia em dados publicados pelo Ministério do Interior da Arábia Saudita e divulgados pela agência oficial de notícias saudita (SPA)
Até ao momento foram executados 98 homens e duas mulheres, a maioria sauditas e iemenitas, segundo indica a ESOHR, referindo que também foi registada a execução de cidadãos da Etiópia, Paquistão, Síria, Sri Lanka, Nigéria, Jordânia, Índia e Sudão.
Segundo refere a ESOHR, este número significa que tem existido “quase uma execução a cada dois dias” e um aumento de 42% face ao mesmo período de 2023.
Estes dados perspetivam que este ano poderá ser “mais mortífero” do que o anterior, em que foram registadas 172 execuções.
Quatro por cento das execuções foram de pessoas acusadas de crimes relacionados com drogas, apesar de, em 2021, a Arábia Saudita ter anunciado a suspensão deste tipo de execuções, para “dar uma nova oportunidade às pessoas acusadas de crimes graves”.
A maioria das execuções está relacionada com acusações de homicídio, ocultação de diversos crimes, participação em formações de células terroristas ou “colocar em perigo a unidade nacional e minar a segurança social”.
Em 2023, foram executadas 172 pessoas na Arábia Saudita, segundo a ONG ALQST, sediada no Reino Unido, enquanto em 2022 as autoridades sauditas executaram um total de 196 presos no corredor da morte, 81 deles num único dia.