O Ministério da Saúde do governo do Hamas disse hoje que os últimos ataques israelitas fizeram 32 mortos, entre os quais mulheres e crianças, no enclave palestiniano.
Através de um breve comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza refere que "32 mártires, na maioria crianças e mulheres, foram transportados para hospitais durante a noite na sequência dos massacres" israelitas.
A nota não indica a localização dos hospitais.
Os órgãos de comunicação do Hamas indicam ainda que ocorreram "mais de 70 ataques aéreos" contra várias regiões do enclave palestiniano, nomeadamente contra a cidade de Gaza, o campo de refugiados de Nousseirat (centro) e Khan Yunis (sul).
O Exército de Israel disse hoje que continua as operações militares em Rafha, sul da Faixa de Gaza, tendo sido "eliminados vários terroristas em combates e bombardeamentos aéreos" além de terem sido "destruídas infraestruturas terroristas".
No centro da Faixa de Gaza "foram eliminados terroristas" e localizada uma unidade de produção de armamento assim como foi apreendida uma "grande soma de dinheiro destinada a atividades terroristas".
De acordo com um comunicado difundido hoje a Força Aérea de Israel reclama ter atingido várias rampas para disparos de mísseis em Beit Hanoun, norte de Gaza.
Na quinta-feira, cerca de 60 corpos foram descobertos sob os escombros em Shujaia, um bairro na zona oriental da cidade de Gaza, após o fim de uma vasta operação israelita que devastou a zona, segundo a Defesa Civil do Hamas.
"O bairro de Shujaia deixou de ser habitável porque os ocupantes destruíram total ou parcialmente 85% das casas, lojas, mercados e outras infra estruturas", declarou hoje a Defesa Civil.
"Estamos a declarar o bairro como zona de catástrofe", refere a entidade controlada pelo Hamas.
Na passada quarta-feira, o Exército de Israel apelou à retirada de todos os habitantes da cidade de Gaza - cerca de 350 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.
A guerra eclodiu no dia 07 de outubro de 2023 após um ataque do Hamas contra Israel que fez 1.195 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da Agência France Presse com base em dados oficiais israelitas.
Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma ofensiva que fez, até ao momento, 38.345 mortos, na maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.