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OMS vai ao Cunene reforçar parcerias contra a dracunculose doença endémica em Angola

LUSA
11-07-2024 16:24h

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai numa missão à província do Cunene reforçar parcerias para combater a dracunculose, doença endémica que Angola ainda não conseguiu erradicar, avançou hoje a agência das Nações Unidas.

De acordo com um comunicado de imprensa da OMS, a missão vai decorrer entre os dias 15 e 17 deste mês naquela província do sul de Angola, onde entre 2018 e 2020 foram identificados casos humanos, tornando o país endémico para esta doença e um dos cinco no mundo que ainda não conseguiu erradicar esta enfermidade.

A dracunculose é uma doença parasitária causada pelo ‘Dracunculus medinensis’, um verme longo de cor branca, que pode medir entre 60 e 100 centímetros.

A OMS sublinha que ainda não existe tratamento para a dracunculose, sendo a prevenção a medida mais segura e eficaz para evitar a sua transmissão.

Segundo a organização, o Ministério da Saúde de Angola tem implementado todas as intervenções que recomendou, incluindo a vigilância de base comunitária, o controlo de vetores e a fixação proativa de animais domésticos.

“Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros parceiros, nomeadamente o Centro Carter (TCC), apoiam os esforços do país na erradicação da dracunculose, prestando assistência técnica, coordenando atividades de erradicação, reforçando a vigilância em áreas livres da doença e monitorizando e informando sobre os progressos alcançados”, frisa.

A missão inclui reuniões com o governo provincial e com as autoridades sanitárias no município de Ondjiva, seguidas de trabalho de campo no município de Namacunde para verificar o tratamento de água de superfície com o larvicida Abate, na aldeia de Oluxwa ya Kalunga.

A agenda de trabalho prevê igualmente reuniões com as autoridades tradicionais e um diálogo comunitário para reforçar a colaboração efetiva entre todos os envolvidos.

Dados divulgados em julho de 2022 pela OMS indicavam que o país tinha o registo de dez casos, dos quais três em humanos e sete infeções em animais.

Os seres humanos são infetados com a ingestão de água contaminada por micro crustáceos, cujas larvas penetram na parede do intestino tornando-se vermes adultos em aproximadamente um ano, período em que a doença é assintomática.

O paciente com esta doença apresenta uma lesão cutânea dolorosa do tipo inflamatória, devido ao verme.

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