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Covid-19: Monção adia comemorações da fundação do município

LUSA
10-03-2020 16:09h

A Câmara de Monção anunciou hoje o adiamento das comemorações da fundação do município em 1261, previstas para quinta-feira, e o encerramento da piscina frequentada por "bastantes" utentes de municípios da Galiza.

Esta é a primeira vez na história do município, que conta com 769 anos, que estas comemorações são adiadas.

Segundo fonte camarária contactada pela agência Lusa, a comemoração do dia de Monção, feriado municipal, será realizada em nova data a anunciar.

O programa agora adiado devido à epidemia de Covid-19 incluía, na manhã de quinta-feira, uma sessão solene para entrega de títulos honoríficos e, à tarde, a apresentação da nova imagem daquele concelho do distrito de Viana do Castelo.

Para sexta-feira estava igualmente prevista a realização de uma ceia medieval, também adiada.

A fixação do feriado municipal de Monção no dia 12 de março, data da atribuição da carta de foral ao município pelo Rei D. Afonso III, em 1261, foi tomada pela maioria socialista que, em 2017, liderava a Câmara de Monção, após ter auscultado a população do concelho.

Aquela decisão revogou uma deliberação de 2014 da Assembleia Municipal de Monção, que instituiu o feriado municipal na quinta-feira de Corpo de Deus.

Aquela deliberação foi tomada na sequência da supressão, em 2012, pelo Governo PSD/CDS, de quatro feriados nacionais, entre eles, o feriado móvel do Corpo de Deus.

Além do "adiamento das comemorações do feriado municipal, 12 de março, e de todas as atividades culturais do município", a autarquia presidida por António Barbosa decidiu ainda, a partir de quarta-feira, "suspender a programação no cine teatro João Verde e encerrar a piscina municipal".

Estas medidas preventivas devido ao novo coronavírus "mantém-se até novas recomendações das entidades governamentais", conclui a autarquia.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do país foi alargada hoje a toda a Itália.

O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos Felgueiras e Lousada, do distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

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