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Covid-19: Paços de Ferreira pede ao Governo a interrupção das atividades letivas

LUSA
10-03-2020 12:00h

A Câmara de Paços de Ferreira pediu ao Ministério da Educação a interrupção das atividades letivas no concelho, no âmbito das medidas preventivas do novo coronavírus, informou hoje aquele município do distrito do Porto.

Em comunicado, a Câmara refere que foi enviado um ofício "solicitando a interrupção imediata das aulas, antecipando-se desta forma o período de férias da Páscoa", medida que resulta do facto de existirem nas escolas do concelho "muitos alunos e professores provenientes de Lousada e Felgueiras", concelhos vizinhos onde foram encerrados os estabelecimentos de ensino.

A autarquia determinou, também, o encerramento de vários edifícios municipais, incluindo piscinas, pavilhões, biblioteca e mercado, mantendo-se apenas em funcionamento os Paços do Concelho, como medida preventiva no âmbito do novo coronavírus.

A decisão do presidente Humberto Brito, informa a autarquia, abrange a Biblioteca Municipal de Paços de Ferreira, a Casa da Cultura de Freamunde, museu municipal, Centro Interpretativo da Citânia de Sanfins, piscinas de Paços de Ferreira e Freamunde, pavilhões desportivos e mercado municipal.

Em comunicado enviado à Lusa, informa-se que "os serviços da Câmara de Paços de Ferreira devem ser procurados pelos munícipes apenas para situações urgentes", devendo-se privilegiar o contacto via telefone ou correio eletrónico.

Procedeu-se também à suspensão de todas as feiras, mercados e eventos organizados e promovidos pela Câmara de Paços de Ferreira.

Aquelas medidas vigorarão, pelo menos, até ao final deste mês, assinalando-se que foram tomadas na sequência de outras decretadas pela Direção Geral da Saúde (DGS) e "dada a proximidade geográfica aos concelhos de Lousada e Felgueiras, onde foram detetados casos positivos.

A autarquia apela "a todas as pessoas que adotem e promovam comportamentos serenos e responsáveis, por forma a não colocar em risco a saúde de todos".

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.900 mortos.

Cerca de 113 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Portugal regista 39 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

   A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 339 casos suspeitos desde o início da epidemia, 67 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes de Lousada e Felgueiras foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

  

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