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Colpe Consumer Products sai do Brasil e otimiza presença industrial na Europa

LUSA
03-06-2024 12:01h

A Colep Consumer Products (CCP) deixou de operar no Brasil no início de 2024, após já ter encerrado duas unidades na Alemanha, concentrando agora a sua atividade na Polónia, Portugal e México, anunciou hoje o grupo RAR.

De acordo com o relatório e contas de 2023 do grupo RAR (dono da Colep), hoje divulgado, “o Brasil continuou a ser um mercado desafiante e volátil em 2023, o que levou a Colep Consumer Products a decidir uma saída estratégica deste mercado através da venda das suas participadas, concluída em janeiro de 2024”.

No primeiro semestre de 2023, a CCP tinha já concluído o anunciado encerramento de duas das suas unidades na Alemanha – em Bad Schmiedeberg e Loupheim – no âmbito do objetivo de “otimizar a sua presença industrial na Europa”.

No ano passado, a CCP – focada nas categorias de cosmética, cuidado pessoal, higiene do lar e farmacêuticos de venda livre – aumentou a faturação para 306,2 milhões de euros, face aos 259,5 milhões de euros de 2022.

“Uma gestão eficaz dos custos operacionais e um ‘mix’ de produtos mais favorável permitiram que o EBITDA subisse de 27,2 milhões de euros em 2022 para 41,4 milhões de euros no ano passado”, destaca o grupo RAR num comunicado divulgado hoje.

Adicionalmente, refere, “a aposta na inovação de produto e a reestruturação do ‘footprint’ industrial – deixando de operar no Brasil, reduzindo significativamente a sua base industrial na Alemanha e concentrando a atividade na Polónia, Portugal e México” – permitiram à Colepe Consumer Products Portugal "evoluir ao nível da rendibilidade".

No exercício de 2023, o lucro do grupo RAR mais do que duplicou face a 2022, para 34,5 milhões de euros, tendo o volume de negócios ultrapassado os mil milhões de euros.

No período, o resultado líquido do grupo cresceu de 16,493 milhões de euros para 34,525 milhões e a faturação passou de 995,79 milhões para perto de 1.007 milhões de euros.

Já o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) aumentou 24%, para 89 milhões de euros.

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