A Câmara de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, implementou hoje um plano de contingência que cancela as feiras quinzenais e suspende todas as atividades culturais organizadas e promovidas pelo município este mês.
Em comunicado hoje enviado à imprensa, aquela autarquia (CDS-PP) determina ainda a realização de treinos e competições à porta fechada.
Além de suspender a utilização dos equipamentos desportivos municipais, autorizando "apenas" os "treinos e competições oficiais para equipas e atletas federados", o município alerta que nesses treinos e competições "não está autorizada a assistência de público".
As feiras quinzenais que deveriam realizar-se nos dias 16 e 30 de março, ao ar livre, no areal junto ao rio Lima foram canceladas, bem a feira de artesanato que deveria realizar-se no dia 22.
O município suspendeu "todas as atividades culturais no teatro Diogo Bernardes, e outras que sejam organizadas e promovidas pela autarquia".
A Câmara de Ponte de Lima adiantou que as "medidas preventivas" foram aprovadas por "unanimidade", seguindo "as orientações emanadas pelo Despacho 2836-A/2020 e as recomendações da Direção Geral da Saúde - DGS devido ao COVID 19, onde é apontada a suspensão de eventos ou iniciativas em locais públicos".
A autarquia refere ainda que aquelas medidas "serão avaliadas de acordo com o desenrolar da situação e de acordo com as orientações emanadas pela DGS e pelo Governo".
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.
Todos os infetados, 18 homens e 12 mulheres, estão hospitalizados.
A DGS comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário no Norte, bem como duas escolas na Amadora e uma em Portimão.