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Dezenas de pessoas concentram-se para assinalar dia mundial da Segurança Social

LUSA
08-05-2024 14:30h

Cerca de 50 pessoas estiveram esta manhã junto à sede da Segurança Social, em Lisboa, para celebrar este sistema que consideram estar a ser ameaçado.

Para assinalar o Dia Mundial da Segurança Social, várias dezenas concentraram-se junto ao edifício na Avenida da República, pedindo um reforço deste sistema e considerando-o ameaçado pelo Programa de Governo do executivo liderado por Luís Montenegro.

“Hoje é o Dia Mundial da Segurança Social. Mais do que um dia de comemoração terá que ser um dia de luta. A Segurança Social anda a ser atacada por todos os lados há demasiado tempo, e este Governo não vai resolver esses problemas, pelo menos de acordo com o seu programa de Governo”, disse à Lusa o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana.

Sebastião Santana apontou que, apesar de se falar na sustentabilidade da Segurança Social, “não se fala na necessidade de aumentar salários no país para garantir essa sustentabilidade”.

“Nem o Governo promove essas condições, nem tão pouco em relação aos trabalhadores da administração pública”, apontou o responsável, que criticou a gestão de fundos de adesão voluntária.

“Isto é uma absoluta perversão daquilo que é a ideia solidária da Segurança Social, que urge combater”, apontou Sebastião Santana.

A dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais Elisabete Gonçalves admitiu que a Segurança Social tem condições para se manter a funcionar.

“A questão é a gula dos privados face à Segurança Social. Os trabalhadores contribuem para a Segurança Social e devem ter proveito dessa Segurança Social”, defendeu a sindicalista.

Por sua vez, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, considerou que este é “um dia muito importante” para um sistema com um “papel fundamental” no equilíbrio das desigualdades no país.

Também Tiago Oliveira criticou as políticas sugeridas pelo executivo apoiado por PSD e CDS-PP, considerando que o seu propósito “é de atacar, mais uma vez, a Segurança Social”.

“Seja colocando a Segurança Social concorrente com o sistema privado, seja através da sua descapitalização, aquilo que está em causa são políticas que continuam a favorecer o capital em detrimento dos trabalhadores, em detrimento do povo”, atirou.

Quanto a ações de luta, Sebastião Santana apontou para a jornada nacional de luta dos Trabalhadores da Administração Pública, “que vai ter greves, vai ter concentrações e vai culminar com uma grande concentração em frente ao Ministério das Finanças” para pedir uma resposta a melhores condições de trabalho e uma Segurança Social pública.

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