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Bastonária angolana rejeita críticas e diz que há 11.231 médicos com cadastro atualizado

Lusa
06-05-2024 14:20h

A bastonária da Ordem dos Médicos de Angola (ORMED) disse hoje que 11.231 médicos têm cadastro atualizado e condições de participar no processo de renovação de mandatos da instituição, rejeitando criticas que atribui a uma minoria.

“Neste momento temos inscritos 11.231 médicos. São médicos com o cadastro atualizado porque há muitos que ainda não têm o seu cadastro atualizado”, afirmou Elisa Gaspar, que alguns médicos têm acusado de manobras para se manter no cargo, recordando que o processo de atualização da base de dados da instituição se iniciou em 2019.

A bastonária, que falou na abertura do Encontro da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), em Luanda, salientou depois em declarações aos jornalistas, que esses mais de 11.200 médicos com situação atualizada estão já em condições de participar no processo de renovação de mandatos da instituição, sem, no entanto, avançar datas, e pediu aos médicos mais antigos que acorram à Ordem para a respetiva atualização.

“Todos os dias temos médicos, porque todos os dias estão a se formar médicos, todos os dias há inscrições, agora queríamos que os médicos mais antigos conseguissem vir atualizar os seus dados, mas é claro que vai continuar a inserção de novos médicos” (na base de dados), frisou.

A gestão da bastonária da ORMED tem sido contestada por médicos que a acusam de ilegalidades, nomeadamente na base de dados da instituição, para se manter no cargo, cujo mandato, afirmam esses médicos, cessou em março de 2022.

Questionada pela Lusa se o processo de atualização de dados visava a renovação dos órgãos sociais da Ordem, a médica disse que sim, argumentando “que sem a base dados não se pode fazer uma renovação de mandatos”.

“Porque, todo aquele médico que não estiver com a sua base de dados atualizada com certeza que não vai participar do novo pleito”, referiu, sem avançar datas.

Sobre os médicos que contestam a sua gestão, Elisa Gaspar rejeitou as acusações, referiu que um “grupo pequenino de médicos publica mentiras” a seu respeito e recusou responder a perguntas.

“Não vou responder, porque vocês também são pessoas que vos mandam para vir fazer confusão”, acusou a bastonária manifestando desconforto em responder às questões colocadas à margem do encontro.

Na intervenção no início do encontro, Elisa Gaspar, também vice-presidente da CMLP, órgão da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), recordou que a ordem dos médicos de Angola conta com quatro sedes regionais e assegurou que exerce a sua ação com total independência em relação ao Estado, formações políticas e religiosas.

No encontro, os participantes celebraram também o 05 de Maio, Dia da Lusofonia e da Língua Portuguesa, com uma comunicação do presidente da assembleia da CMLP, José Manuel Pavão, que abordou a “língua portuguesa como veículo de inovação e cooperação na saúde”.

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