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Covid-19: Arábia Saudita suspende viagens com 14 países

LUSA
09-03-2020 18:03h

As autoridades da Arábia Saudita anunciaram hoje a suspensão de viagens com 14 países, incluindo Alemanha, França, Itália e Espanha, e vários no Médio Oriente, como medida para impedir a propagação do novo coronavírus no seu território.

Segundo a agência de notícias saudita SPA, que cita fontes do Ministério do Interior, o Governo "seguindo as medidas de prevenção e de precaução" das autoridades de saúde competentes decidiu suspender as viagens de cidadãos sauditas a 14 países.

Alemanha, França, Itália, Espanha, Turquia, Coreia do Sul e oito países árabes - Emirados Árabes Unidos, Koweit, Bahrein, Líbano, Síria, Omã, Egito e Iraque - foram afetados por esta medida.

Também não será permitida a entrada no território saudita de pessoas que estiveram nesses países durante os 14 dias anteriores à viagem.

As companhias aéreas como Etihad ou Egypt Air anunciaram a suspensão dos seus voos, após a decisão das autoridades sauditas, que será temporária.

As medidas não afetam o transporte marítimo nem o tráfego de mercadorias com as "precauções necessárias".

Nos últimos dias, as autoridades sauditas aumentaram as medidas de prevenção, isolando uma província do país e suspendendo as atividades letivas.

Os países do Médio Oriente suspenderam nas últimas semanas voos entre eles, o que afetou quase todas as linhas aéreas da região.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Para tentar travar a epidemia, o Governo de Roma colocou cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no Norte do país, afetando cidades como Milão, Veneza ou Parma.

Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.

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