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Covid-19: Angola já tem testes para despistagem local do coronavírus

LUSA
09-03-2020 17:39h

Angola tem já disponíveis cerca de mil testes para fazer localmente os exames de coronavírus, que antes eram realizados em Portugal e África do Sul, disse hoje em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

Franco Mufinda, que falava hoje na abertura de um seminário sobre o Covid-19 para jornalistas, disse que a restrição a pessoas vindas de Portugal vai acontecer quando se confirmar a existência de casos.

O governante angolano, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, quando questionado sobre a entrada de pessoas vindas de Portugal disse “ser necessário que se confirme a existência de casos, para se incluir na lista de não-entrada no país”.

A Agência Lusa contactou as autoridades angolanas de saúde para obter esclarecimentos sobre este assunto, o que nao foi possível até ao momento.

Atualmente Angola proíbe a entrada no seu território a cidadãos estrangeiros não-residentes provenientes da China, Itália, Coreia do Sul e Irão. Nigéria, Egito e Argélia fizeram tambem parte desta lista durante alguns dias, mas acabaram por ser retirados por reportarem apenas um caso.

A Direção Geral de Saúde informou hoje que estão confirmados 30 casos de infeção pelo coronavírus em Portugal, e 57 suspeitos, de um total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultados laboratorial.

O secretário de Estado para a Saúde Pública frisou que ainda não foram diagnosticados casos de Covid-19 em Angola, adiantando que se encontram de quarntena 147 pessoas nos hospitais de Calumbo e da Barra do Kwanza.

Segundo Franco Mufinda, em Angola os testes passam a ser efetuados no Instituto Nacional de Investigação em Saúde, denominado vigilância laboratorial.

Existem três formas de contaminação: de pessoas que viajaram para o estrangeiro e estiveram em países com circulação do vírus, de pessoas que mantiveram contacto com outras que viajaram para o exterior, chamada de transmissão local, e entre pessoas que não viajaram para o exterior e nem tiveram contacto com viajantes, a chamada transmissão comunitária ou sustentada.

 

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