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Zimbabué doa primeiro lote de oxigénio medicinal ao hospital moçambicano da Beira

LUSA
23-04-2024 09:53h

O Hospital Central da Beira (HCB) recebeu 20 mil litros de oxigénio medicinal, doado pelo Zimbabué, em resposta ao pedido formulado anteriormente pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, ao homólogo daquele país vizinho durante a pandemia da covid-19.

“No pico da covid-19, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, visitou o Zimbabué, onde solicitou ao seu homólogo apoio em gás medicinal, tendo o estadista zimbabueano prometido oferecer ao país 150 toneladas de oxigénio medicinal. Hoje recebemos os 20 mil litros do primeiro lote prometido”, anunciou Ana Tambo, diretora clínica do HCB, momentos após receber o donativo.

A responsável avançou que a segunda remessa será canalizada oportunamente e que para além de servir o HCB, o oxigénio medicinal recebido será distribuído também pelas províncias vizinhas.

“Para o efeito, Moçambique tinha que se preparar com recipientes adequados para receber este produto e o Ministério da Saúde envidou esforços no sentido de aprontar os tanques capazes de acomodar a referida oferta”, detalhou.

A responsável explicou que o referido produto chegou ao HCB no passado sábado e foi transportado por um camião especializado.

“O oxigénio chegou numa boa altura e servirá para os doentes internados em diferentes enfermarias, com particular destaque para o bloco operatório e os serviços de urgência. O produto vai em primeira mão beneficiar o HCB, mas também os distritos de Sofala e as províncias de Manica, Tete e parte da Zambézia”, disse Ana Tambo, explicando que além do produto medicinal doado pelo Zimbabué, a maior unidade sanitária da região centro está a utilizar o oxigénio medicinal fornecido pela MOGAZ.

“Esta empresa inclusive montou no recinto do HCB um tanque com a capacidade de 20 mil litros para o acondicionamento do oxigénio que é utilizado no hospital”, disse.

Explicou igualmente que com a chegada da doação do Zimbabué, a maior unidade sanitária vai reduzir alguns custos com o principal fornecedor.

Questionada sobre se as reservas existentes são suficientes para atender a procura, Ana Tambo fez saber que neste momento não há escassez naquela unidade: “Na eventualidade do uso excessivo do gás medicinal existente, o HCB tem 500 cilindros menores de oxigénio de reserva para fazer a reposição imediata”. 

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