O externato Grão Vasco, em Lisboa, reabriu hoje após ter estado encerrado na sexta-feira, por prevenção, depois de a mãe de um aluno ter sido hospitalizada com Covid-19, informou à agência Lusa o diretor do estabelecimento de ensino.
“A escola reabriu naturalmente e estamos em atividades letivas normais”, afirmou Rogério Cândido, adiantando que o estado de saúde da mãe infetada “está a evoluir favoravelmente”.
Na sexta-feira, o responsável explicou que a decisão de encerrar a escola se devia ao facto de a mãe de um dos alunos ser uma das pessoas infetadas com o novo coronavírus, encontrando-se internada no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
“A mãe nunca esteve em contacto com qualquer aluno, mas o filho, como é natural, esteve. Neste momento, ele [aluno] e o pai encontram-se em isolamento e estão assintomáticos”, adiantou na ocasião.
De acordo com o diretor deste estabelecimento de ensino particular, tem havido contactos diretos e diários com a médica de saúde pública que tem seguido a situação da mãe do aluno.
“Pela informação que temos da médica de saúde pública, parece que já efetuou um teste que deu negativo. Só falta a confirmação de um novo teste para que eventualmente a situação fique resolvida”, disse Rogério Cândido.
O diretor do externato Grão Vasco acrescentou que o pai e o filho mantêm-se em isolamento em casa sem sintomas.
À Lusa, Rogério Cândido garantiu ainda que não houve contacto direto entre a mãe deste aluno e a comunidade escolar.
“Em nenhuma situação houve contacto direto entre a mãe deste aluno e o resto da comunidade escolar, alunos em especial. Houve contacto direto com a professora da turma, mas está em casa por reserva, voluntariamente, acordada entre nós”, indicou.
No externato Grão Vasco, localizado na zona de Benfica, estudam cerca de duas centenas de crianças do pré-escolar ao primeiro ciclo do ensino básico.
Sobre as medidas de prevenção adotadas pelo estabelecimento de ensino, Rogério Cândido realçou que os professores estão a monitorizar a lavagem das mãos dos estudantes e a forma de tossir.
“São meninos entre o primeiro ciclo e o pré-escolar. Os professores estão a monitorizar a lavagem das mãos com frequência e a tosse”, ressalvou, adiantando que o externato está a “fazer medição da temperatura, de duas em duas horas, aos alunos presentes”.
O diretor do estabelecimento de ensino assegurou também que estão a pedir aos pais alguma contingência, no sentido de evitarem a deslocação à escola.
“Estão a pedir que se evite a deslocação a guichés de atendimento e tratem tudo por mail. Nós estamos a seguir essa medida”, concluiu.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países. Mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou no domingo um período de isolamento de duas semanas em casa, depois de ter estado com alunos de uma escola de Felgueiras onde foi detetado um caso de infeção.
Apesar de não ter sintomas da doença, Marcelo Rebelo de Sousa, 71 anos, vai fazer hoje um teste ao Covid-19.