Ricardo Mexia, médico de saúde pública e epidemiologista e Fausto Pinto, cardiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa foram os convidados do último Check-Up. Entre os temas em análise, esteve o braço de ferro entre médicos e ministério da Saúde.
Pressionado pela recusa de mais de 2.000 médicos em fazerem horas extraordinárias, além das 150 obrigatórias, o ministro da Saúde chamou os sindicatos para uma reunião quinta-feira à tarde.
Ontem, questionado pelos jornalistas durante uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Manuel Pizarro, recusou divulgar qual a nova proposta que vai apresentar aos sindicatos médicos, no entanto, sublinhou que para haver acordo são precisas duas partes e que procurará fazer a sua.
“Não diminuo nem ignoro os problemas e os constrangimentos que estamos a enfrentar, mas estamos a trabalhar muito ativamente no plano das negociações com os sindicatos médicos, mas também, em cada hospital, reorganizando os serviços e fazendo com que o funcionamento da rede possa compensar alguns constrangimentos que temos”, acrescentou.
O Check-Up recordou o caso que, no ano passado, levou à demissão da então ministra Marta Temido, no entanto, segundo Fausto Pinto, a prioridade dos profissionais é ter condições para trabalhar e não é a demissão do ministro que vai acabar com os problemas.
Ricardo Mexia, lembra que há décadas que o Serviço Nacional de Saúde funciona assente nos horas suplementares dos clínicos.
Todas as semanas, o Check-Up passa em revista a atualidade da saúde, com moderação da jornalista Vera Arreigoso.
Nova análise, novos convidados, todas as sextas-feiras, pelas 23h.