A Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada vai ganhar 25 camas com a intervenção de remodelação de uma das alas desta valência, orçada em 800 mil euros, segundo o projeto apresentado hoje.
O projeto, apresentado hoje em Ponta Delgada, prevê a remodelação do 3.º piso da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada (SCMPD), bem como a intervenção no piso térreo, onde será criada uma lavandaria, e no 4.º piso, que já foi remodelado recentemente.
A unidade, que atualmente tem 42 camas na valência de longa duração e manutenção, passa, assim, a garantir mais 25, com uma empreitada que está orçada em cerca de 800 mil euros, dos quais 20 mil euros são financiados pelo Governo Regional.
O concurso público para e empreitada será lançado em março e a área irá funcionar como uma “unidade de longa duração e manutenção, assegurando o internamento de caráter temporário ou permanente, com espaço físico próprio para prestar apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doença ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência, e que não reúnam condições para serem cuidadas no seu domicílio”, explicou a secretária regional da Solidariedade Social.
Andreia Cardoso afirmou que esta obra “é um sonho há muito tempo acalentado e partilhado por esta instituição [SCMPD] e pelo Governo dos Açores”, que “vai dotar o concelho de Ponta Delgada e todos aqueles que vivem na ilha de São Miguel de uma unidade de cuidados continuados com as melhores condições para a prestação destes serviços”.
A governante indicou que o “fenómeno mundial de envelhecimento (…) coloca o grande, justo e nobre desafio de assegurar respostas integradas, que assegurem cuidados no âmbito da saúde e da solidariedade social aos mais idosos, o que implica uma relação estreita entre a saúde e a segurança social”, e anunciou aumentos da prestação social para as Unidades de Cuidados Continuados na região, de 4% para 2019 e 3,5% para 2020.
Para o provedor da Santa Casa da Misericórdia, José Francisco Silva, a implementação da Rede de Cuidados Continuados Integrados dos Açores, em 2015, trouxe uma “mudança estrutural, de paradigma, de modelo, no tratamento de um assunto de extrema delicadeza, complexidade e relevância, tratando-se de apoio à população mais idosa”.
Lembrando que essa mudança “reflete um dos principais eixos da resposta que tem vindo a ser dada pela sociedade, nas suas diferentes componentes, à importante questão, também ela estrutural, do envelhecimento demográfico”, afirmou que esse acordo é agora “complementado e enriquecido com a execução deste projeto e concretização da respetiva obra”.