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Autoridades moçambicanas reforçam vacinação após 13 casos de pólio

LUSA
12-10-2022 22:45h

As autoridades moçambicanas vão reforçar a vacinação depois de terem sido diagnosticados 13 casos de poliomielite no centro do país, anunciaram hoje os serviços de saúde.

Desde 1992 que a doença não era detetada em Moçambique e surgiu em maio, na província de Tete, depois de eclodir no vizinho Maláui, dois meses antes.

“Ao nível da província temos um total de oito casos de pólio já diagnosticados”, disse à comunicação social Hélder Dombole, representante do serviço provincial de Saúde de Tete.

Os casos surgiram nos distritos de Changara, Magoé, Moatize e Marávia.

Na vizinha província da Zambézia, foram registados cinco casos da doença em dois distritos, anunciou Isaías Marcos, médico chefe provincial, durante uma conferência de imprensa.

As autoridades de saúde moçambicanas vão realizar uma nova campanha de imunização a partir de quinta-feira, face à ameaça de alastramento, disse Hélder Dombole.

“As crianças que já foram vacinadas também o devem ser agora”, acrescentou o responsável.

Moçambique já realizou este ano quatro campanhas de vacinação contra a poliomielite, sendo que a primeira fase foi lançada em março, depois de detetada no Maláui - que faz fronteira com as províncias moçambicanas de Tete, Zambézia e Niassa.

Tanto de um lado como do outro da fronteira, a estirpe do vírus está associada ao Paquistão, um dos países onde é endémico, além do Afeganistão.

A poliomielite é uma doença infecciosa sem cura que afeta sobretudo as crianças com menos de cinco anos e que só pode ser prevenida com a vacina.

Nalguns casos, pode provocar paralisia de membros.

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