O secretário-geral do PCP recomendou hoje serenidade na resposta de Portugal ao problema do coronavírus Covid-19 e defendeu que o país deve ter meios preventivos para “garantir que não há consequências maiores” para os portugueses.
O PCP “está atento, é uma questão que deve ser tratada com grande sensibilidade, devem associar-se o princípio dos cuidados e da prevenção, mas simultaneamente acompanhado de serenidade e não com alarmismo”, disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas, à margem de um encontro sobre ferrovia e transportes, em Lisboa.
“O país deve estar em condições de, através desse processo preventivo, garantir que não há consequências maiores para o nosso povo”, afirmou ainda.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de infeção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite.
Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.
No seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação atual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.