A Arábia Saudita suspendeu hoje temporariamente a entrada de peregrinos que visitam a mesquita do profeta Maomé e os lugares sagrados do Islão em Meca e Medina, bem como turistas de países afetados pelo coronavírus Covid-19.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita publicou uma lista de medidas para "prevenir e eliminar" a expansão do novo coronavírus, que inclui a "suspensão temporária da entrada no reino para os propósitos da 'umra'", uma peregrinação a Meca que pode ser realizada a qualquer altura do ano.
O Ministério também informou que a entrada no reino com vistos de turista está impedida a pessoas de países afetados pelo novo coronavírus.
No final do ano passado, o país árabe introduziu novos vistos no quadro do despertar turístico do reino, ultraconservador, uma medida que facilitava a entrada no território após décadas de isolamento.
A Arábia Saudita abriga os lugares mais sagrados do Islão, como a cidade sagrada de Meca.
A suspensão foi anunciada quando faltam alguns meses para o 'hach', a grande peregrinação anual e um dos cinco pilares do Islão.
Até o momento, a Arábia Saudita não registou casos de coronavírus no território, embora alguns dos seus cidadãos residentes em outros países tenham testado positivo desde o início do surto, que já afetou a maioria dos países do Médio Oriente.
Nesta semana, o Covid-19 expandiu-se por toda a região e causou uma onda de suspensões de rotas aéreas e marítimas, especialmente entre os demais países árabes e o Irão, mas também começou a afetar ligações com Itália, Coreia do Sul e Tailândia.
A China espera ter o surto do cornavírus Covid-19 sob controlo no final de abril, disse o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan.
"A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até ao final de abril", disse Zhong, numa conferência de imprensa, em Cantão, a capital da província de Guangdong (sul).
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados de 48 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China continental, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.