O Papa Francisco manifestou hoje a sua proximidade às pessoas infetadas com o coronavírus e com as autoridades civis e profissionais de saúde que se esforçam para ajudar os pacientes e impedir o contágio.
O pontífice argentino falava durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro, onde se encontravam muito menos pessoas do que é habitual às quartas-feiras.
Alguns fiéis usavam máscara.
Como noutras ocasiões, o Papa não hesitou em beijar as crianças e cumprimentar os fiéis.
O Vaticano anunciou na segunda-feira que alguns eventos programados em espaços fechados seriam cancelados após o surto do coronavírus em Itália, mantendo-se até ao momento a audiência geral que normalmente reúne dezenas de milhares de pessoas.
Na região do Lácio, cuja capital é Roma, nenhuma medida restritiva foi tomada, pois não houve casos de coronavírus.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios.
Das pessoas infetadas, quase 30 mil recuperaram.
Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Em Portugal, já houve 17 casos suspeitos, que resultaram negativos após análises.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.