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Covid-19: Macau diz que rentabilidade das reservas financeiras pode ser afetada no mercado de ações

LUSA
26-02-2020 08:08h

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) disse hoje que a rentabilidade das reservas financeiras do território em 2020 pode ser afetada pela pressão nos mercados de ações, devido ao surto do novo coronavírus e às incertezas externas.

“Prevê-se uma pressão significativa dos mercados de ações onde as avaliações de ativos já são altas”, sublinhou em comunicado a AMCM, no mesmo dia em que anunciou que o território da capital mundial do jogo registou uma reserva financeira de 579,4 mil milhões de patacas (61,2 mil milhões de euros), no final de 2019.

A AMCM antecipou ainda um “ambiente do mercado monetário de taxas de juros baixas e até negativas", que "também apresenta desafios para a gestão de investimentos das reservas”, em 2020.

Para estas previsões, a AMCM teve em conta “os fatores de incerteza e o risco de queda da economia global, bem como o surto do novo tipo de coronavírus no início do ano”.

O objetivo da AMCM é continuar a “obter o maior benefício em termos de rentabilidade da reserva”, ressalvou, contudo, a mesma entidade.

Para isso, a AMCM pretende continuar a “otimizar a alocação de ativos de acordo com as condições do mercado, segundo os princípios da ‘segurança, eficácia e estabilidade’, combinando com o estudo e aconselhamento profissional da empresa de consultoria de investimento internacional da gestão externa”.

Macau anunciou hoje uma reserva financeira de 579,4 mil milhões de patacas (61,2 mil milhões de euros), no final de 2019, mais 13,9% do que o registado até 2018.

Os rendimentos dos investimentos da reserva financeira em 2019, “beneficiando da significativa recuperação no mercado de capitais global”, atingiram os 30,2 mil milhões de patacas (3,4 mil milhões de euros), representando uma rentabilidade anual de 5,6%, “um novo recorde desde a criação da reserva financeira em 2012”, sublinhou em comunicado a AMCM.

Estes bons resultados são justificados pelo “abrandamento na disputa comercial entre a China e os Estados Unidos da América”, durante o ano, e pelo facto de a “situação do Brexit” se ter tornado “gradualmente mais clara, juntamente com as sucessivas políticas monetárias mais flexíveis adotadas pelos principais bancos centrais”.

O número de infetados com o coronavírus Covid-19 em Macau desceu para três após uma nova alta hospitalar anunciada na terça-feira pelos Serviços de Saúde locais.

Dos 10 casos registados em Macau, este é o sétimo paciente a receber alta, continuando internadas outras três pessoas.

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