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Covid-19: Vaticano cancela alguns eventos programados para espaços fechados

LUSA
24-02-2020 18:08h

O Vaticano decidiu hoje cancelar alguns eventos programados em espaços fechados para os próximos dias devido ao novo coronavírus, que já provocou seis mortos em Itália, segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

"De acordo com as disposições das autoridades italianas, alguns eventos programados para os próximos dias em locais fechados e com um importante fluxo de público foram adiados", afirmou à agência de notícias EFE o porta-voz do Vaticano.

O mesmo responsável avançou que, até ao momento, não foi detetado qualquer caso de coronavírus no Vaticano, estando a Direção de Saúde do Estado da Cidade do Vaticano em contacto com o Governo italiano e autoridades regionais para adotar "as recomendações necessárias”.

Matteo Bruni precisou que as audiências públicas, que se realizam no espaço aberto da Praça de São Pedro, não vão ser canceladas.

O porta-voz do Vaticano afirmou ainda que foram distribuídos dispensadores com desinfetante para as mãos nos escritórios que dão acesso ao Estado da Cidade do Vaticano e que há uma enfermeira e um médico de serviço disponíveis para prestar assistência imediata às clínicas do Vaticano, caso existam pacientes com sintomas semelhantes aos do coronavírus.

Itália, que atualmente contabiliza seis mortos, tornou-se o primeiro país do continente europeu a instalar um cordão de controlo médico-sanitário em torno de dez cidades do norte.

A Itália, que passou de seis para 219 casos em quatro dias, é o país mais afetado na Europa e o terceiro no mundo, depois da Coreia do Sul e da China.

Desde que foi detetado no final do ano passado na China, o Covid-19 provocou 2.592 mortos na China Continental e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Além dos mortos na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Itália, Filipinas, França, Estados Unidos e Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

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