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Covid-19: Kuwait e Bahrein registam primeiros casos

LUSA
24-02-2020 15:24h

O Kuwait e o emirato do Bahrein anunciaram hoje os primeiros casos de pessoas infetadas com o coronavírus Covid-19, indivíduos que regressaram do vizinho Irão, que registou 43 casos e oito mortes.

O Ministério da Saúde do Kuwait disse que três pessoas, que voltaram da cidade de Machhad, no nordeste do Irão, deram positivo no teste ao vírus.

Já as autoridades do Bahrein indicaram que um homem foi também diagnosticado com o novo coronavírus, que foi transportado para um hospital para tratamento, tendo sido convocados para realizarem exames aqueles que entraram em contacto com o indivíduo.

Muitos cidadãos árabes xiitas dos países do Golfo viajam frequentemente ao Irão, onde se deslocam em peregrinação aos locais sagrados xiitas do país.

O crescente número de casos de infeção no Irão, que se tornou o principal foco da epidemia na região, levou muitos países vizinhos a fecharem as fronteiras ou a restringirem o comércio com o país.

O Kuwait suspendeu voos, mas organizou operações para retirar os seus cidadãos do Irão, deixando também de acolher navios daquele país nos seus portos.

O número de mortos provocados pelo Covid-19 no Irão aumentou no domingo de cinco para oito, e o total de casos confirmados passou de 28 para 43, segundo anunciou igualmente domingo o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour.

Na zona urbana de Teerão, onde vivem cerca de sete milhões de pessoas, é cada vez mais visível o número daqueles que andam de máscara e usam luvas, evitando o contacto físico.

Numa passagem por várias farmácias, a Lusa notou serem muitos os que compram máscaras.

O receio estende-se a vários setores. Nos hotéis, os trabalhadores das receções alertam os estrangeiros e nacionais para terem cuidado e evitarem o contacto físico e a Lusa confirmou que, nalguns hotéis da capital, já se contabilizam prejuízos devido à anulação de reservas.

O número de mortos devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infetados, quase todos na província de Hubei.

Segundo a atualização diária emitida pela Comissão Nacional de Saúde da China, 150 pessoas morreram até à meia-noite de hoje (16:00 de domingo em Lisboa). Entre os novos casos, 398 foram reportados pela província de Hubei, onde várias cidades estão em quarentena desde 23 de janeiro, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.

O número de pacientes em todo o país fixou-se, no total, em 77.150. A Comissão Nacional de Saúde indicou que, no total, a China soma 9.915 casos graves de infeção, enquanto 24.734 pessoas já estão curadas e receberam alta.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 635.531 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 97.481 ainda estão a ser acompanhados.

Além dos mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, três em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

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